domingo, 27 de julho de 2014

Pedras irradiadas

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso
Quartzo extraído em São José da Safira (MG), torna-se a
 gema green-gold depois de ser irradiado com raios gama.
[Imagem: Rainer Schultz-Güttler]
Defeito benéfico


O quartzo, mineral abundante em praticamente todo o território brasileiro, apresenta baixo valor comercial em seu estado bruto.

Quando submetido à irradiação, contudo, atinge um valor agregado médio cerca de 300% maior.

Estima-se que 70% da produção mundial de pedras preciosas tenha passado por tratamentos de beneficiamento.

Durante a irradiação, é gerado um defeito na estrutura cristalina do mineral, ou seja, na maneira como os átomos estão organizados na chamada rede atômica.

Esse "defeito benéfico" muda as propriedades físicas e ópticas do cristal, fazendo com que ele passe a absorver ou refletir outros comprimentos de onda da luz visível.

O resultado é que um cristal absolutamente sem-graça passa a ter uma coloração límpida e reluzente, muito mais valorizado no mercado joalheiro.

Quartzo irradiado

No Brasil, as pesquisas na área são feitas no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Segundo Cyro Teiti Enokihara, pesquisador do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, da mina à vitrine o caminho é longo, mas a tecnologia de irradiação está se tornando um elemento fundamental no processo de beneficiamento do quartzo brasileiro.

Os melhores resultados, segundo Cyro, foram obtidos utilizando fontes de radiação gama, aplicadas em amostras de quartzo de qualidade gemológica.

As melhores gemas artificialmente coloridas já obtidas pelos pesquisadores são verde amareladas, chamadas de green-gold, cor de mel (honey); cinza (fumê); laranja amarronzado (conhaque); preto (morion) e verde.

Todas essas gemas apresentaram boa qualidade e alta estabilidade, o que as torna valiosas no mercado joalheiro.

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso
Quartzo verde da região de Ametista do Sul (RS), no estado
 bruto, e após ser irradiado e lapidado. Como a radiação só
 interfere nos elétrons, e não no núcleo do átomo, não são
 gerados radionuclídeos e, portanto, o quartzo não se torna
 radioativo. [Imagem: Rainer Schultz-Güttler]
Irradiação do quartzo

No IPEN, as pedras de quartzo são colocadas em dispositivos onde são submetidas à radiação ionizante proveniente de fontes de cobalto-60. O irradiador foi desenvolvido com tecnologia nacional, sob a coordenação do professor Paulo Rella.

Mas não se trata unicamente de colocar um quartzo qualquer no aparelho e esperar "assar uma gema". Tudo depende da composição química do mineral.

Alguns tipos de quartzo respondem da maneira desejada, com a radiação otimizando ou alterando sua cor, mas outros não.

Testes prévios são realizados para se detectar quais amostras podem ser submetidas ao tratamento. A pedra pode conter impurezas como ferro, alumínio, lítio, potássio e sódio, bem como moléculas de água e radicais hidroxila.

Além das impurezas presentes na estrutura cristalina do material, deve ser levado em conta também o ambiente geológico ou o local em que a pedra foi formada.

Sem radiação

O que a radiação faz é promover um desequilíbrio eletrônico, com os elétrons das camadas mais externas dos elementos sendo expelidos.

Como a radiação só interfere nos elétrons, e não no núcleo do atómo, não são gerados radionuclídeos e, portanto, o quartzo não se torna radioativo.

O tratamento apenas acelera o efeito que a natureza levaria milhares de anos para produzir.

Cyro afirma que parte considerável das pedras extraídas no Brasil é enviada ao exterior, em estado bruto, para países como Alemanha, Tailândia e China, onde passam por um processo de beneficiamento e de lapidação, e posteriormente retornam ao país em forma de joias, gerando enormes perdas econômicas para o país.

O IPEN mantém contatos permanentes com empresas de comercialização de pedras preciosas, com o intuito de realizar testes de irradiação para os quartzos de diferentes procedências e efetuar pesquisas para outros novos minerais.

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br

Pedras lapidadas



  Greengold

      Citrino
ÁQuartzo fumê

Ametista
Água Marinha
 
Turmalina Paraiba
Rubi
 





 







 

Jóias antigas

Chineses invadem cidades da região Central de MG em busca de pedras semipreciosas...

Chineses invadem cidades da região Central de MG em busca de pedras semipreciosas Pedras preciosas em estado bruto saem de Minas com destino ao gigante asiático em contêineres com preço abaixo do mercado. Em Curvelo e Corinto, negócio gera R$ 50 mi

Zulmira Furbino -
Publicação: 20/05/2012 07:52 Atualização: 20/05/2012 11:49

Embarcadas em contêineres, em Curvelo, pedras semipreciosas vão em estado bruto para serem transformadas em joias na Ásia (Euler Júnior/EM/DA Press)
Embarcadas em contêineres, em Curvelo, pedras semipreciosas vão em estado bruto para serem transformadas em joias na Ásia


Curvelo – São 7h30 da manhã de terça-feira em Curvelo, na Região Central de Minas Gerais, e já se nota o início do carregamento de caminhões com contêineres cheios de pedras preciosas brutas que sairão do meio do estado em direção à indústria de joias na China. Somente em municípios mineiros como Corinto e Curvelo, a extração e venda clandestina de pedras movimenta mais de R$ 50 milhões ao ano, segundo cálculo a partir de informações da Cooperativa Regional Garimpeira de Corinto (Coopergac) e da Associação Comercial e Empresarial de Curvelo (Ace). Isso sem contar o faturamento em municípios como Inimutaba, Diamantina, Felixlândia, Governador Valadares, Teófilo Otoni e em pequenas cidades da região.

O número contrasta com a informação oficial de exportação de pedras preciosas em bruto no estado. Em 2011, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas desse material em toda a Minas Gerais foram de US$ 23,06 milhões (R$ 46, 12 milhões), um total inferior à estimativa de faturamento de apenas dois municípios mineiros. Entre 80% e 90% das pedras preciosas em bruto produzidas no Brasil são exportadas, principalmente ao gigante asiático.

O dinheiro apurado no negócio é invisível aos olhos oficiais. É que 95% dele circula nas mãos de uma poderosa indústria clandestina, que começa no garimpo informal e segue comandada por atravessadores, compradores – hoje, chineses, em sua maioria –, despachantes e empresas de exportação. O silêncio ronda todos os agentes que, de uma ou de outra forma, participam do esquema. A reportagem do Estado de Minas procurou conversar com vários deles. A maioria se recusou a dar declarações sobre o assunto. Outros forneceram informações sob a condição de anonimato.

Segundo uma dessas fontes, a cada 20 dias, em média 12,5 contêineres carregados com 250 toneladas de pedras extraídas dessa região seguem de Curvelo para serem embarcadas no Rio de Janeiro. O mesmo acontece com dezenas de tambores cheios de material mais valioso, que viajam de avião. Tudo aparentemente certo, não fosse o fato de que as notas fiscais mostram valores subfaturados, o que permite que essas pedras sejam enviadas para fora a preços muito inferiores aos praticados pelo mercado. “Um dos caminhos do subfaturamento é a própria Receita Estadual. Os garimpeiros saem de lá com o documento nas mãos”, diz G.L.H, que atua no ramo.

“Qualquer empresário, de dentro ou de fora do país, só pode comprar pedras preciosas de mineradoras legalizadas ou de cooperativas de garimpeiros. Mas os números da nossa exportação são tão baixos que ou elas saem altamente subfaturadas ou são contrabandeadas”, diz Raymundo Vianna, presidente do Sindicato das Indústrias de Joalheria, Ourivesaria, Lapidação de Pedras Preciosas e Relojoaria de Minas Gerais (Sindijoias). Curvelo é o centro mineiro dessa indústria fantasma. De lá partem minerais como quartzos e cristais variados (rutilo, cabelo fachado, lodo verde), ametistas e águas-marinhas, que enriquecem os integrantes da rede.

Valor declarado para os cristais fica abaixo do que é cobrado para venda no mercado interno (Euler Júnior/EM/DA Press)
Valor declarado para os cristais fica abaixo do que é cobrado para venda no mercado interno


Esquema Para facilitar o caminho até as pedras, os chineses contam com empresas que oferecem a eles um pacote de serviços para localização, compra e desembaraço das pedras por cerca de R$ 13 mil. São R$ 3.500 de transporte de Curvelo ao porto, R$ 300 para o “chapa” (carregador), R$ 2.000 pelo frete marítimo e R$ 500 de imposto. Para cada contêiner, o lucro dos prestadores de serviço com o negócio é de cerca de R$ 7 mil. Ou seja: uma média de R$ 87,5 mil ao mês para cada 12,5 contêineres enviados ao exterior, segundo uma fonte que pediu anonimato.

“Em média, o total declarado para o conteúdo de cada contêiner é de US$ 6 mil (R$ 12 mil), mas o valor de fato pode ser US$ 100 mil (R$ 200 mil)”, diz uma fonte do setor. Ele lembra que o quartzo mais barato custa R$ 2 o quilo, mas, segundo Raymundo Vianna, o preço do quilo do quartzo muda de acordo com a variedade e a qualidade da pedra. “O quartzo rosa e o rutilado de boa qualidade custam entre R$ 8 mil e R$ 10 mil o quilo. Já a ametista e a rodonita, outras variedades, podem valer até R$ 30 mil o quilo. Porém é impossível estabelecer o valor da pedra sem a avaliação de um perito”, diz.

Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda, há equipes especializadas para atuar na fiscalização do setor nas regiões onde a exploração de gemas é predominante. Além disso, o produtor individual pode emitir sua nota fiscal, mas um procedimento de retaguarda é adotado no caso de remessa de mercadoria para o exterior.

Chineses invadem o estado

A rota de interesse dos chineses pelas pedras preciosas brasileiras passa por municípios mineiros e também baianos. Em Minas, os principais são Curvelo, Corinto e Inimutaba. Na Bahia, Novo Horizonte, Ipupiara, Campo Formoso e Oliveira dos Brejinhos. Em Curvelo, profissionais que atuam com eles, mesmo sem formação superior, aprendem até a falar mandarim, ainda que com noções rudimentares. Com isso, têm rendimentos garantidos. Os pagamentos são todos feitos em dinheiro vivo. E adiantados. Entram nessa lista prestadores de serviço, restaurantes, hotéis, postos de gasolina, imobiliárias e lojas de aluguel de veículos. Todos extremamente satisfeitos.

“De coração, se for para prejudicar os chineses não faça essa matéria. Eles pararam de comprar pedras por quatro meses por causa do preço e do ano novo chinês e Curvelo inteira sentiu”, diz um prestador de serviços que viu na chegada dos compradores da China a solução para ter renda. De acordo com ele, de 2006 para cá a presença de chineses na cidade cresceu 70%. “Só na Bahia tem dez famílias”, afirma. Em Curvelo, alguns vivem em hotéis baratos, de R$ 25 a R$ 70 a diária, outros alugam casas onde vivem por cerca de três meses, depois dos quais voltam para o seu país de origem e são substituídos por membros da família.

Em junho de 2010, a Polícia Federal apreendeu 700 quilos de pedras semipreciosas e cristal em Itacambira. Elas foram obtidas por meio da exploração ilegal por quatro chineses e dois brasileiros. As investigações indicaram a existência de um esquema de venda dos produtos para a China, que teria base em Curvelo, na Região Central do estado. Foram presos os chineses Wu Tsung Ying, Daí Yong Dong, Rayoin Huo e Shao Kang He, além do garimpeiro Adilson Mariano de Oliveira e Cláudio Afonso dos Santos, transportador e intermediário do negócio.

Os 700 quilos de cristal e pedras semipreciosas estavam sendo transportados em 18 sacos de linhagem na carroceria de um Fiat Strada e, de acordo com informações da Polícia Federal, foram vendidos para os chineses por R$ 15 mil. Os produtos minerais teriam sido retirados de garimpo no povoado de Machados, na zona rural de Bocaiúva, e seguiam para Itacambira, passando por uma estrada vicinal. A Polícia Militar de Itacambira fez a apreensão, depois de receber uma denúncia anônima. Dias antes, também no Norte de Minas, foi apreendida 1,2 tonelada de cristal de quartzo e 20 quilos de pedras semipreciosas, que saíram de Licínio de Almeida, no sertão da Bahia, e que seriam levados para Curvelo. Segundo a PF, os minérios extraídos na Bahia também teriam como destino a China.

"Se for para prejudicar os chineses não faça essa matéria. Eles pararam de comprar pedras por quatro meses por causa do preço e do ano novo chinês e Curvelo inteira sentiu" - prestador de serviços aos chineses em Corinto, que pediu para não ser identificado.

Caminhos da pedra brasileira rumo à Ásia

Garimpo
É dos garimpos, a maioria deles clandestinos, que saem as pedras preciosas brutas que serão exportadas pelo estado

Subfaturamento
É esse um dos caminhos usados pelos produtores para "maquiar" a pedra bruta clandestina, tornando-a aparentemente legalizada

Venda
Uma vez feita a "maquiagem", as pedras são repassadas aos atravessadores, que vão vendê-las aos clientes estrangeiros

Desembaraço
Empresas especializadas desembaraçam a mercadoria, enviando-a para o Rio de Janeiro, de onde será exportada

China
As pedras chegam à indústria joalheira na China, a segunda maior do mundo, onde serão transformadas em joias, semijoias e bijuterias

Joias montadas (prontas)
Parte das joias e bijuterias entram novamente no Brasil, muitas vezes via contrabando, prejudicandoa indústria joalheira nacional

Os cristais Vogel


“O cristal é um objeto neutro, cuja estrutura interna apresenta um estado cristalino de perfeição e equilíbrio. Quando é cortado com precisão numa forma geométrica apropriada e quando a mente humana entra em relacionamento com sua perfeição estrutural, na vibração do amor, o cristal emite uma vibração que estende e amplifica o poder e o alcance da mente do usuário. Como um laser, ele irradia energia de uma forma coerente e altamente concentrada, e esta energia extremamente benéfica pode ser transmitida para objetos ou pessoas à vontade. Isto eu sei que é verdade.”
Dr. Marcel Vogel
Marcel Joseph Vogel (1917-1991) foi um cientista que trabalhou na IBM San Jose Research Center por 27 anos. Ele é muitas vezes referido como o Dr. Vogel, embora este título seja baseado em um grau honorário , e não um Ph.D. . Ele também era um pesquisador em teorias ocultas de cristais de quartzo e outras áreas esotéricas de estudo. O tipo de corte de cristal Vogel foi criado por ele, que, alegadamente,  concentra " força vital universal ", concentrando-a e transformando-a para um nível superior ou vibração. Cristais Vogel devem ser cortados  no ângulo extremamente preciso de 51 graus 51 minutos e 51 segundos, o que também é reivindicada como o ângulo preciso dos lados da Grande Pirâmide de Gizé . O cristal é mais projetado ao longo da geometria da Árvore da Vida símbolo. Seu design é dito ter vindo a ele em um sonho.